quinta-feira, 12 de maio de 2011

A Raça é unica: Somos todos seres humanos


“Pode parecer o melhor de mim, mas o surpreendente ainda está por vir. Não sou o que qualquer um consiga decifrar. A beleza está contida na pureza que traduz as verdades do meu olhar”

Não adianta tentar ser igual a todo mundo, por que se tudo seguir um padrão, ou seja, se todos tiverem uma única personalidade, então voltaremos à estaca zero e não será preciso tantos ramos da ciência para tentar estudar a personalidade humana, pois a mesma se resumirá em uma só.
O importante, ou talvez o diferencial de tudo, seja “ser diferente não significa ser estranho, afinal, ser diferente é normal”.
As principais diferenças das mais divergentes personalidades está contido no caráter humano. É exatamente o número de desejos que cada um trás consigo, e a força que o indivíduo será capaz de fazer para realizá-los.
Na atualidade, a sociedade para classificar uma pessoa bem sucedida, de boa personalidade e consideravelmente de boa conduta, volta seus olhos para indivíduos que possuem mais realizações em sua vida, preferencialmente realizações profissionais. Afinal a experiência faz o profissional.
Mas se seguirmos esse pensamento voltamos a ser uma sociedade antidemocrática, pois serão desmerecedores aqueles que desejam realizar planos diferentes da majoritariedade.
É aí então que começam os debates, misturas de opiniões, formando uma discussão que dará bons frutos e talvez aplique alguns resultados. Porque ser “diferente” é sim ser igual a todo mundo, ser diferente nunca significou anormalidade.
A homossexualidade é um bom exemplo, pois a maioria da sociedade insiste em ver esse fenômeno como um fato anormal, há inclusive quem julgue a homossexualidade por ser um caso demoníaco, um desvio de conduta.
Mas se vivemos em uma sociedade democrática, onde todos possuem a livre e espontânea liberdade de expressar suas opiniões e realizar seus desejos, porque uma pessoa, quando descobre possuir desejos por seu semelhante, não pode realizá-los, assim como, os outros realizam seus respectivos planos desejados. Como por exemplo, o casamento e conseguintemente a constituição de uma família. Porque defendem tanto a diferença, como uma característica constante da sociedade brasileira e ao se deparar com um fato desses, julgam os homossexuais por serem imorais e diferentes do que se diz ser normal?
A resposta para essas e muitas outras perguntas referentes a esse tema está na própria sociedade, está na própria indiferença da pessoa humana.
Assim como a homossexualidade, a etnia, a crença religiosa, a deficiência física ou mental, os portadores de DST’s, etc. Ambos têm sofrido mero desprezo por uma grande parcela da sociedade. Alguns inclusive, fragilizados por alguma espécie de bulling sofrido em determinado período da sua existência. Acabam por contrair algum tipo de doenças psíquicas, como é o caso da depressão, a famosa doença do século.
Cito ainda famosos fatos criminosos ocasionados pelo preconceito que se tem em volta das diferenças. Pois está cada vez mais se tornando presente crimes como a agressão, assassinato, exploração, ameaças graves... Tudo isso ocasionado pelo que se é taxado “diferença”.
É cada vez mais impressionante os casos penais em volta desse tema, pois é difícil de se acreditar que um indivíduo mata seu próprio filho ao descobrir sua atração sexual, ou então, tem o caso do travesti que é abordado na parada de ônibus por jovens universitários de classe média, e que em seguida é assassinado de forma cruel. Mais comum ainda, tem o caso dos indivíduos que torturam os idosos, outros que confundem o estudante negro com um bandido e levam preso o inocente, ou em outras ocasiões, o matam.
São muitos os casos de crimes cometidos contra pessoas denominadas “diferentes”. São muitos e talvez infinitos, pois a cada dia, aumenta mais o número e a crueldade dos demais atos ilícitos.
A única resposta para esses fatores compulsivos gerados em torno do preconceito que se tem pela diferença, é justamente porque vivemos em um mundo constituído e habitado por diferentes etnias, habitado por uma diferente população, que não possui qualquer padrão racial, que está sempre disposta às coisas e aos fatos diferentes. O mundo é diferente, os países são diferentes, as etnias são diferentes, assim como, as populações, os filósofos, os cientistas, os pobres, os ricos, os gays, os héteros, os políticos ou os sem teto. Mas todos com um único propósito, todos com uma única vontade. Realizar seus sonhos livremente, vivendo em busca da paz e pôr em prática seus respectivos desejos.
Concluo deixando bem claro que a dignidade da pessoa humana está acima de qualquer diferença, seja ela qual for, e que para ser digno não há qualquer padrão ou modelo de um ser ideal, pois todos somos diferentes e habitantes de uma mesma nação. A etnia e os desejos variam, mas a raça é uma só. Somos todos seres humanos.

 Daniela Rabelo Faria,
12 de maio de 2011 às 16:32



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